Comerciários de SP vão ao STF pedir feriado na Copa

Categoria realizou protesto em frente à prefeitura contra "exclusão" de trabalhadores

Grupo realizou ato em frente ao prédio da Prefeitura de SP
Aproximadamente 200 integrantes do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ligado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), fizeram manifestação em frente à Prefeitura de São Paulo, na região central, na manhã desta sexta feira (30). O objetivo do protesto, que começou por volta das 10h30 e durou cerca de uma hora e meia, é que o prefeito Fernando Haddad (PT) reverta a decisão que exclui os comerciários do feriado do dia 12 de junho, quando acontece a abertura da Copa do Mundo.
Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Patah, a categoria espera ser recebida ainda na tarde desta sexta-feira pelo prefeito Haddad. Patah afirmou que o sindicato entrará com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) pedindo para que o Judiciário inclua os comerciários na lei.
Os comerciários alegam que, com a exclusão, perdem benefícios proporcionados pelo feriado como, por exemplo, o pagamento de horas extras e folgas. "Feriado da Copa: valoriza lucro do setor patronal e exclui direitos dos comerciários", diz um dos cartazes exibidos pelos manifestantes. 
Ainda de acordo com Patah, 500 mil comerciários serão atingidos pela falta de benefícios no feriado da abertura da Copa. Ele explica que há una convenção coletiva do sindicato com a área empresarial de que, nos dias de feriado, os trabalhadores recebam 100% de hora extra, folga adicional e vale-refeição — que a categoria não recebe no dia a dia.
— Vamos fazer um ato ainda maior na Câmara dos Vereadores e até quarta-feira (4) entraremos com uma Adin no Tribunal de Justiça para impedir que essa lei tenha valor. 
Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo informa que a lei que decreta o feriado "foi sancionada conforme as modificações e aperfeiçoamentos que foram feitos na Câmara de Vereadores, foro onde ocorreu o debate com a sociedade". Ainda segundo o texto, "a administração municipal considerou que a lei aprovada guardava compatibilidade com as leis aprovadas em outras sedes da Copa, como o Rio de Janeiro".

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