Após realizarem uma vaquinha para pagar a defesa, três policiais da Rota acusados de matar Anderson Minhano, em março de 2012, foram absolvidos pela segunda vez pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (15).
O soldado Marcos Aparecido da Silva, o cabo Levi Cosme da Silva Júnior e sargento Carlos Aurélio Thomaz Nogueira eram acusados de torturar Minhano e matá-lo a tiros, apontado como integrante do PCC, no acostamento da rodovia Ayrton Senna.
Os jurados, porém, consideraram os policiais inocentes. A decisão repete o resultado do primeiro julgamento, ocorrido em novembro de 2012 e anulado após recurso do Ministério Público.
Para pagar a defesa, porém, os policiais tiveram de fazer uma vaquinha. Um simpatizante da Rota, que não quer ser identificado, doou um carro para ser rifado. Uma televisão também foi sorteada. Os PMs precisavam de R$ 45 mil.
Ataques do PCC
Na mesma ocorrência em que Minhano foi morto, outros cinco integrantes da facção morreram. O caso teve início no estacionamento do restaurante Barracuda Sushi Bar, onde também fucionava um lava-rápido, na Penha (zona leste).
Na época, a PM afirmou que Minhano e os outros mortos estavam reunidos para resgatar um preso que seria transferido para Penitenciária de Presidente Venceslau, onde está a cúpula do PCC. Na versão dos policiais, houve uma troca de tiros. Todos os baleados foram socorridos pela própria PM.
Após o caso, o PCC intensificou os ataque contra PMs. No total, 106 policiais foram mortos em 2012.