Os professores municipais de São Paulo em greve há quase um mês já fecham a avenida Paulista no sentido Consolação, na altura do Masp. No início da tarde desta terça-feira (20), eles começam a se concentrar no vão livre do museu para se manifestarem contra a proposta da Prefeitura de abono de 15,38% no piso salarial. Em assembleia, a categoria decidiu nesta terça-feira pela continuidade da greve. A próxima assembleia ocorrerá na sexta-feira (23), às 10h, em frente à Prefeitura.
Policiais presentes no local falam em cerca de mil manifestantes. Mas a expectativa do Simpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) é reunir cerca de 7.000 pessoas, o mesmo número reunido na última quinta-feira (15).
Segundo o presidente do Simpeem, Claudio Fonseca, os professores querem que essa porcentagem seja incorporada ao salário de todos os professores, inclusive os aposentados.
— A proposta da Prefeitura de abono contempla apenas 16 mil de um total de 94 mil profissionais. O governo respondeu apenas a três demandas de 205 enviadas pelos professores ao governo.
Fonseca lembrou que maio é o mês data base para os profissionais da educação.
— Data em que se espera que o reajuste não fique abaixo da inflação do período. O governo disse que vai incorporar os 15,38% apenas no ano que vem e não explica em quantas vezes. Queremos que a incorporação ocorra ainda neste ano.
Ele disse ainda que as demandas dos professores e demais profissionais da educação não se referem apenas ao reajuste educacional.
— Queremos melhores condições de trabalho, número adequado de alunos por professor (e não superlotação de turmas), condições estruturais nas escolas, segurança no trabalho, professores auxiliares para alunos com deficiência.
A manifestação começou por volta das 14h. Os professores devem caminhar até a sede da Prefeitura, no vale do Anhangabaú, na região central.
— Se a Prefeitura não acatar às demandas, vamos continuar em greve.